quarta-feira, 23 de maio de 2012

Pássaros Negros


Nós somos pássaros negros,

Cruzamos o céu da noite sem estrelas

E voamos impávidos sobre milhas acima do mar.

Nós somos pássaros negros!



Desviamos por uma trilha distante,

Um caminho que não era permitido.

Castigados pela Deusa da noite,

Nós perdemos nossas asas e caímos.



Nós somos pássaros negros,

Pássaros que já não podem voar!

Contemplamos as estrelas no céu

Mas não as podemos alcançar.



Atravessamos os portões de uma noite sem estrelas,

Nossas asas negras dançaram num céu sem luar.

Nós somos pássaros negros, estrelas solitárias,

Impávidos e livres, a milhas distantes acima do nível do mar!

sábado, 19 de maio de 2012

Apoteose das Estrelas



A todos que se cansaram de lamentar a dor;
A todos que se afogaram em lágrimas de culpa;
A todos que se sentem intimidados pelo passado
E a todos que tateiam no escuro em busca de perdão e amor.


 
Eu não posso ver suas faces,
Mas posso escutar seus lamentos e sentir suas dores.
Sinto os mesmos grilhões gélidos que lhes aprisiona,
Porque sou igual a todos vocês.


Somos irmãos, e irmãs, unidos pela dor!
Somos escravos do passado,
Vítimas do desespero e do desamor.

A todos que ouvem a minha voz,
E a todos que sabem o que é ser escravo do pavor:
Sigam a minha sombra, e marchem comigo ao desconhecido !


 
Eu desejo ver as suas faces,
Desejo ouvir suas gargalhadas e contemplar-lhes o riso,
Anseio sentir o seu Amor, e encontrar em vocês um amigo.

No céu não há uma única estrela,
Então eleve o seu espírito, e deixe seu coração queimar!
Pois cada espírito é uma estrela, sem a qual o universo não pode brilhar.

Asas Partidas


Partiram-se minhas asas

E eu desejei cair.

Cair da mais alta estrela e colidir com o espelho d'água.

Apenas cair, eu desejei apenas cair.



A meia noite eu tive um sonho.

Eu era um anjo sem asas e meu espírito singelo caía profundamente;

Chocando-se levemente com as altas árvores do jardim de Gaya.

Fechei meus olhos opacos e caí nos braços do deleite; para sempre e eternamente.



Apenas um anjo de asas partidas

Caindo rumo ao desconhecido sonho.

- Ó ventos do infinito, deixem meu espírito cantar!



Um sortilégio para a bruxa sob a luz pálida do luar;

Murmúrios inaudíveis e fantasmas, na floresta, a dançar.

E eu, estrela cadente, um anjo sem asas, caí e ofusquei o luar.

domingo, 1 de maio de 2011

Minha Arte, a Poesia

Cubro-me com o sacro manto azul,

Bordado com estrelas cor da prata.

O céu enche-se se luz

E meu ser eternamente canta!



Sou um poeta pueril,

Entoando versos sob este céu azul anil.

Minha paixão por ti será eterna,

Ó amada arte das palavras que tudo expressa.



Simples e ternos desejos

É somente o que almejo;

Selando, assim, com terno e apaixonado beijo.



Nas mágicas noites de luar,

Ah... solitário, meu coração não mais se sentirá,

Pois minha amada arte, a poesia, comigo eternamente caminhará.

No Jardim...

Envolto nas flores que tanto amo,

Ouço o som de um doce canto;

Vindo de uma voz distante,

Talvez das estrelas cintilantes.



Enquanto a corça clama por águas,

Deito-me sobre a grama molhada

E contemplo a lua meiga e sorridente,

Então, meu coração envolve-se num calor abrasador e ardente.



Há uma lenda sobre O amor que se esconde além do céu e do mar.

Se existe, como o posso encontrar?

Oh, vento sulista, se souberes, poderia me contar?



Assim, resta-me apenas sentar e escutar

O som da harpa celta a tocar;

Levando-me a lugares fantásticos que nunca pude imaginar.